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As Cidades Inteligentes da Ásia – China, Singapura e India.

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Você já se perguntou qual é o futuro da urbanização?

Cidades Inteligentes: competitividade, sustentabilidade e bem viver através do avanço das tecnologias de informação e comunicação. Com Big Data, Nuvem, Sensores, Inteligência Artificial e Internet das Coisas, o desenvolvimento urbano e governamental têm tomado conta do imaginário global de estados, mercados e cidadãos para combater os desafios fiscais, ambientais, econômicos e sociais. 

Porém, as Cidades Inteligentes, ou Smart Cities, não habitam apenas o imaginário, elas são reais, práticas e em pleno processo de expansão. Hoje, a ORAEX analisa esse fenômeno na Ásia. Nesse continente há um forte aspecto desenvolvimentista, em que o Estado atua ativamente na mobilização de capitais e na transformação do trabalho. A liderança dos governos está preocupada não apenas em inserir a cidade competitivamente no mercado global, mas também em atender as demandas dos habitantes. Confira esses processos em Singapura, Índia e China. 

CHINA

Em Abril de 2017, o governo chinês anunciou o plano de uma Nova Área em Xiongan, transformando-a em uma cidade verde, com inovação e desenvolvimento de alta qualidade. Ao final de 2021, 177 projetos chaves começaram a ser construídos, com um investimento que passa os 94 bilhões de dólares. As rodovias e ruas centrais, bem como as áreas verdes e o sistema de água já tomaram forma, após cinco anos, Xiongan já está se tornando verde e inteligente. 

O design inteligente está presente na infraestrutura, Big Data e Drones são usados na construção e lixeiras inteligentes são usadas para identificar o tipo de lixo que realiza a separação e a reciclagem automática. Postes de Luz inteligentes também ajustam a luz conforme o tempo, reduzindo custos, alguns já estão equipados com câmeras para alertas de emergência e monitoramento do tráfego. Xiongan também conta com a primeira Blockchain da China vinculado a uma cidade, e um sistema de computação em nuvem para serviços de Big Data.  Empresas já lançaram inovações como pagamento via reconhecimento facial, e locais para o carregamento wireless de veículos elétricos já estão instalados. 

A Unicom China também provê suporte 5G para automação de limpeza, varejo, delivery e patrulhamento em Xiongan, como incentivo ao desenvolvimento dessa área inteligente. Em março de 2022, aproximadamente 700 bases de 5G estavam instaladas na cidade, a cobertura completa é esperada até final do ano. Além disso, também há foco em criar um melhor espaço para viver e conviver. Os prédios comerciais e residenciais, bem como escolas e hospitais, são construídos de forma que as pessoas possam chegar até eles em 15 minutos. 

A construção também está sendo feita com esforços para reduzir o consumo de energia e poluição. Muito da infraestrutura da cidade está construída no subsolo, incluindo água, eletricidade, calor e outras redes, todos monitorados por um sistema integrado. Mais ainda, a cidade está se transformando em uma esponja. Seu sistema de drenagem coleta e recicla água da chuva para uso comum. 

SINGAPURA

Em 2014, Singapura lançou o ambicioso projeto de se tornar uma Nação Inteligente. Mas, antes disso, já era uma tecnicamente uma cidade inteligente, como um avançado sistema público de transporte, rotas inteligentes e e-governança. A Nação Inteligente tem a visão onde as pessoas possam viver vidas significativas e completas, habilitadas pela tecnologia e com oportunidades empolgantes para todos. 

A ênfase na Nação, ao invés da cidade, fala sobre o volume das intenções governamentais a enfrentar os desafios para o desenvolvimento, projetando um ecossistema colaborativo que engaja os habitantes e lança projetos em política habitacional, transporte, saúde, governança digital, identidade pessoal, mobilidade urbana e sistemas de pagamento. Esses projetos são levados a cabo pelas agências da Nação Inteligente – Smart Nation and Digital Government Office e GovTech – diretamente ligadas ao Primeiro Ministro. Essa centralização visa aumentar a velocidade dos processos e entregar projetos concretos, preparando o espaço para a Quarta Revolução Industrial. 

Hoje, o país é local de diversas companhias globais e startups estrangeiras de alta tecnologia que colaboram com organizações locais para desenvolver soluções em diversos temas do cotidiano desafiador das cidades, se transformado em um laboratório global atrativo para tecnologias inteligentes. Esse laboratório é subsidiado pelo governo de diversas formas, o BASH (Build Amazing Startups Here) é um programa completo de suporte a novas startups locais e estrangeiras. Além disso, Singapura também investe na missão de exportar suas soluções para outras Cidades Inteligentes na Ásia e no mundo.

ÍNDIA

A Índia é especialmente vulnerável à mudança climática por causa de sua enorme população. Por conta disso, é importante que essas cidades sejam sustentáveis e inteligentes. Elas precisam de materiais estruturais de baixo consumo de energia, redes inteligentes, transporte planejado, sistemas de TI integrados, governo eletrônico e captação inovadora de água. 

Por isso, o governo da Índia lançou sua Missão Cidades Inteligentes em 2015, com a intenção de construir 100 novas cidades inteligentes. Muitos desses projetos estarão no Delhi Mumbai Industrial Corridor (Corredor Industrial Déli-Mumbai), que tem uma extensão de 1.000km entre Déli e Mumbai. Uma infraestrutura de US$11 bilhões já foi planejada em 33 cidades, e boa parte da construção será financiada por meio de um modelo público-privado. Essas cidades inteligentes estão sendo concebidas à medida que a economia da Índia se industrializa e a população se torna mais urbanizada.

Gostou? Quer saber mais? Então venha conversar conosco.

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A Recente Queda no Mercado de Criptos

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A recente queda no mercado de criptomoedas, após o praticamente desaparecimento da stablecoin Terra Luna, que era considerada uma moeda importante e muito promissora no cenário, fez com que todo o setor sentisse o impacto, com queda e volatilidade nos preços. Mas o que isso significa para o futuro? 

Esse mercado sempre foi apontado como volátil. Contudo, as stablecoins se apresentavam como uma solução para as flutuações, pela sua vinculação com uma cesta de ativos ou com um algoritmo automatizado de controle. A Terra Luna possuía ambos, uma cesta de ativos que eram negociados automatizados conforme a necessidade de estabilidade. Esse despencamento no seu valor prova que as Stable Coins ainda não são resistentes às dinâmicas da especulação econômica acelerada. 

Toda essa querela demonstra algo que é contestado e apontado por diversos estudiosos, especialistas e atores financeiros: a dificuldade das moedas baseadas em blockchains se estabelecerem como moedas fiduciárias correntes.

A sua validade como substituta do dinheiro, por muito tempo, foi afirmada por suas características de descentralização, gerando maior autonomia e possibilidade aos usuários. Contudo, os fatos recentes demonstram que ainda há um longo caminho a ser trabalho para que isso possa acontecer, visto que as criptos – inclusive as stablecoins – ainda parecem ser altamente sujeitas a variações e, portanto, insustentáveis ao longo do tempo, funcionando muito mais como ativos para especulação de alto risco.

Porém, a própria Terra Luna já anunciou um novo projeto de sua cripto, com mudanças no seu processo que visam corrigir as falhas. Além disso, há inúmeros processos de criptos que passam via Banco Central, as CBDCs, que se candidatam a serem alternativas efetivas. 

Há inúmeras oportunidades que envolvem blockchains para além das criptomoedas, assim como há novas tecnologias no setor financeiro que estão para além das blockchains. O cruzamento entre economia e inovação é potente, e ainda há muito para ser explorado. 

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Tendências Bancárias Futuras

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O sistema financeiro atual apresenta diversos problemas. Ao longo dos anos, ao buscar as melhores maneiras de oferecer crédito, segurança transacional, intermédio entre atores e, até mesmo, emissão monetária, os bancos desempenham um papel fundamental na economia, mas não estão livres de falhas e, portanto, de potenciais melhorias e inovações. 

É aqui que a tecnologia blockchain se apresenta como uma oportunidade. Com a possibilidade de desempenhar um papel central em oferecer soluções que são descentralizadas e mantém a confiança e integridade das informações. 

Plataforma para transações comerciais: Assim como alguns bancos oferecem através das máquinas de cartão uma plataforma de troca também podem fornecer, através de contratos inteligentes, uma nova maneira de automatizar os pagamentos, aumentando a confiança e a certeza do recebimento, gerando liquidez e podendo, inclusive, reduzir os riscos de fraude.

Verificação da Identidade Digital: usar identidades digitais asseguradas em blockchains permite aos bancos reconhecimento e manutenção da privacidade, e além do mais, deixa os processos de verificação mais seguros e rápidos.

Monitoramento de Crédito: ao usar blockchains para determinar scores de crédito, variáveis podem ser adicionadas de maneira mais eficiente do que quando baseadas em um servidor centralizado, além de diminuir a brecha de dados.

Transações entre bancos: transações com menores taxas podem ser atingidas através de blockchains, e ainda aumenta a transparência, auditoria e possibilidades de parcerias entre diversos tipos de instituições, diminuindo as instâncias regulatórias.

Assim, a internacionalização financeira pode se servir de um aparato infra estrutural que tem em sua essência a descentralização e distribuição global. Facilitando pagamentos internacionais, conversão automática nas mais diversas moedas correntes e investimentos estrangeiros. 

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CBDC (Central Bank Digital Currency): o que é e como funciona?

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O que é? 

São moedas digitais emitidas pelos Bancos Centrais.

Como funcionam?

Os CBDCs ainda estão em fase de crescimento, portanto, seu funcionamento varia muito.

Podemos generalizar como: a tecnologia e o desenho da moeda fazem com que tanto a relação entre consumidores como entre instituições ocorra em tempo real através de sua infraestrutura.

Ou seja, diferente do PIX, que na aparência é uma transação direta mas ainda têm mediações, por funcionar semelhante ao depósito à vista, o CBDC é uma proposta completamente nova, que permite ainda mais horizontalização nos meios de pagamento.

CBDC. A última inovação das moedas digitais integra dentro de si o que primariamente tentava evitar: a autoridade central. As moedas digitais emitidas pelos Bancos Centrais estão sendo pesquisadas e estudadas em todo o mundo. Com poucas em fase de implementação, mas muitas por vir, esse fenômeno recente tem movimentado o futuro da relação entre finanças e tecnologia. 

Contribuindo para a aceleração da digitalização, promoção da inclusão financeira, competição que iniba o crescimento das moedas digitais privadas, mecanismo eficiente para realização de pagamentos transfronteiriços e realização de pagamentos programáveis, a CBDC não é apenas uma opção adicional. 

Para garantir o vínculo da população com o setor bancário, elas podem ser uma saída para os dias de hoje. Esse problema é importante para o Brasil, em que 32% dizem não ter conta pela falta de instituições financeiras perto de casa, enquanto 57% alegam problema com os altos custos dos serviços financeiros, pesquisa de 2018 de Burgos e Batavia. 

Ainda mais com o avanço de políticas públicas que perpassam a distribuição de renda, como foi o caso do Auxílio Emergencial durante a pandemia. 

Para sua implementação, a estratégia geral tem sido uma em que o Banco Central emite a moeda digital e administra o sistema de liquidação, porém as instituições financeiras ficam responsáveis por abrir contas para o público. Com o crescimento das fintechs que tem chegado ao uso da população em geral, essa interação pode ajudar no problema de acesso e distribuição. 

O fato é que CBDCs hoje são o caso mais emblemático das moedas digitais, pois é através delas que não só indivíduos e instituições privadas interagem com o mercado financeiro mas também autoridades centrais, estatais e agências internacionais. 

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Stablecoin: o que é e como funciona?

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Como funcionam?

Asset-linked stablecoins – mantém o lastro frente a algum ativo, como a moeda fiduciária, ou grupo de ativos previamente definido.

Algorithm-based stablecoins – utilizam contratos inteligentes para ajustar a oferta da moeda digital quando há choques na demanda, de modo a impedir flutuações.


A ordem lógica é a seguinte:

  1. “Depósito” em moeda fiduciária (como o real).
  2. Recebimento em Stablecoin equivalente da quantidade de unidades monetárias depositadas.
  3. A garantir de que esse valor pode ser resgatado sob demanda, mantendo a paridade.

Exemplo: O Theter, um asset-linked stablecoin, tem como objetivo oferecer estabilidade através de uma paridade 1:1 com ativos seguros, em uma moeda fiduciária de curso legal, nesse caso, o dólar.

Se as criptomoedas tradicionais enfrentam problemas para manter a estabilidade de valor no mercado ao longo do tempo, as Stablecoins surgem com a promessa de responder a essa dificuldade das moedas virtuais. Os projetos começaram a surgir em 2014, com o Tether e o USD Coin.

Eles funcionam a partir da possibilidade de manter um lastro – asset-linked stablecoin – ou uma garantia via programação que impeça a volatilidade. 

Os algorithm-based stablecoins utilizam de um preço limite no qual se pode comprar e vender. E também podem ser utilizados na implementação de políticas públicas como as de transferência de renda e vouchers. Na programação para fazer a focalização de certos programas e identificar quem entrou ou saiu do recorte de renda definido de maneira automática.

Em ambos os funcionamentos, a finalidade ainda é a mesa: corrigir as falhas das criptomoedas em corresponder às funções da moeda e efetivamente funcionar como um instrumento monetário e de pagamento. Mais além, obtiveram a função extra de fornecer um instrumento de hedging entre criptomoedas e moedas de curso legal.

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Criptomoeda: o que é e como funciona?

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Você finalmente quer entender o que são as tão famosas criptomoedas? É simples: elas são moedas digitais privadas criadas em redes descentralizadas de computadores e protegidas por criptografia. A sua segurança e validade enquanto meio de troca é garantida pelas quatro características:

1. Usam redes descentralizadas (DLTs ou blockchains) ao invés de uma autoridade central;

2. O sistema controla a criação de novas unidades da criptomoeda e de quem é a propriedade sobre ela, cuja comprovação ocorre exclusivamente por meio de chaves criptografadas;

3. É possível transferir propriedade das unidades de criptomoeda se houver verificação da propriedade – ou seja, transacionar financeiramente;

4.  Os mecanismos de consenso para validação de transações impedem double-spending; caso duas transações diferentes forem feitas com uma mesma criptomoeda, apenas uma será executada.

Exemplificando, vejamos uma transação Bitcoin: “X” envia sua chave pública criptografada para “Y”. Depois, a carteira de “Y” emite um pagamento de 1 BTC para “X”. Essa emissão é assinada com a chave privada de Y. Em seguida, o pagamento é emitido para a rede de usuários Bitcoin, que irão verificá-lo e validá-lo. A cada dez minutos, as transações propostas no período são reunidas automaticamente no que é chamado bloco. 

Porém, quais são as vantagens do uso de criptos ao invés de moedas digitais comuns? O principal objetivo é permitir pagamentos digitais anônimos que não passassem por instituições financeiras ou governamentais, com o benefício da privacidade. Contudo, o Bitcoin e outras criptomoedas ganharam espaço até aqui mais como ativo especulativo que meio de pagamento. 

Sua flutuação no preço dificulta seu estabelecimento como moeda, na prática, comerciantes que aceitam criptomoedas como meio de pagamento tendem a determinar preços em unidades de moeda fiduciária e cobram o equivalente em criptomoedas a partir da taxa do momento da conversão, não sendo a criptomoeda em si a unidade de conta.

Porém, há dois casos emblemáticos que nos mostram outros possíveis usos:

# Em El Salvador, a partir de setembro de 2021, uma criptomoeda passou a ser considerada oficial junto do dólar e todos os negócios com acesso à internet vão ser obrigados a aceitar pagamentos com a criptomoeda. O país entende como benefício dessa tomada de decisão a facilitação do recebimento de transferências internacionais, que compuseram 24% do PIB do país em 2020. 

# Na Venezuela, devido a hiperinflação, em dois dias 17 bilhões de bolívares foram transacionados para Bitcoin, como uma tentativa de reserva de valor. 

Ou seja, as criptomoedas, além de garantirem a privacidade individual, também exercem hoje um papel na macroeconomia. O futuro desse aspecto estará sendo orientado em dois níveis, o ambiental e o regulatório. Hoje, uma das principais críticas às criptomoedas são seu uso excessivo de energia. E também, como as autoridades centrais podem exercer algum tipo de legislação sobre esse ativo, seja para gerar uma maior estabilidade na economia quanto para evitar possíveis crises e fugas de capitais. 

Mas, uma coisa é certa: elas estão aí e surtindo efeitos na economia, agora o desafio é como lidar com isso, para agregar aspectos positivos e minimizar riscos e aspectos problemáticos. 

Quer saber mais? Entre em contato conosco. #VEMSERORAEX

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Uma Breve História da Blockchain do Bitcoin

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A história do Bitcoin, desde seu surgimento até sua consolidação, data para o final dos anos 2000. O nome Satoshi Nakamoto surgiu no final de 2008 na apresentação do Bitcoin, e a sua Blockchain, mais tarde, em 2009, foram liberados como software aberto. A identidade de Satoshi Nakamoto permanece um mistério, podendo inclusive ser um grupo de pessoas. Mas é inegável que seus objetivos foram atingidos: hoje, contamos com um sistema de pagamento que garante a confiança sem a intermediação de terceiros. 

Duas funções foram significativas nesse meio tempo, a “OP_TRUE OP_RETURN” impediu que os usuários usassem Bitcoins que não pertencem a ele, ela foi implementada logo no início e, embora seu impacto não tenha sido significativo, garantiu a segurança e desenvolvimento do Bitcoin. Já a “CHECK_LOCK_TIME_VERIFY” permitiu guardar Bitcoin para transações futuras, o que expandiu seu poder como moeda, já que agora poderia ser armazenado por um período de tempo como um investimento futuro. 

Qualquer um pode gerenciar o protocolo do Bitcoin e minerar o token. É um projeto de código aberto que prospera à medida que mais pessoas participam da rede. Os mineradores de mais sucesso têm sistemas robustos que conseguem superar mineradores mais lentos. Em sua história inicial, você poderia gerenciar o protocolo do Bitcoin e ganhar Bitcoins em um computador de mesa. Agora, para ter qualquer esperança de receber bitcoins, você precisa adquirir equipamento caro e especializado ou usar um serviço de nuvem. 

O Bitcoin também passa por um “Reward Halving”, começou remunerando 50 moedas por bloco, e a cada 210 000 blocos são minerados, aproximadamente a cada 4 anos, a recompensa cai pela metade, e continuará caindo até a recompensa chegar a 0. Hoje, a recompensa é 6.25 moedas. 

Além disso, hoje ele enfrenta limitações ao ser comparado com outras criptos. O protocolo permite apenas 7 transações por segundo, e seu valor como ativo está cada vez mais sujeito a flutuações econômicas, sendo influenciado por fatores extrínsecos a sua própria usabilidade. Até hoje, mais de 19 milhões de Bitcoins foram minerados, e para funcionar segundo a escassez econômica, o protocolo define a barreira de 21 milhões. Como uma curva exponencial, o começo da mineração é rápido, mas decresce ao longo do tempo, a expectativa é que o último Bitcoin seja minerado em 2140.

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A tecnologia por trás das moedas digitais

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As moedas virtuais e digitais dependem de algumas tecnologias para se sustentarem. Como a Criptografia, a Distributed Ledger Technology e o Blockchain. A capacidade da criptografia de garantir confidencialidade, identidade e integridade dos dados envolvidos na transação; e o uso de redes descentralizadas, sejam blockchains ou outros tipos de DLTs, para armazenar e validar informações e transações sem um intermediário.

Entenda a diferença:

Moedas digitais representam valor em formato digital e podem ou não ser denominadas na moeda de curso legal.

Moedas virtuais são moedas digitais que não são denominadas em unidades de curso legal. 

Elas se sustentam em três pilares:

Criptografia: é uma tecnologia que visa manter a confidencialidade, identidade e integridade dos dados, codificando os conteúdos, impedindo modificações por terceiros e protegendo a identidade.  

Distributed Ledger Technology: as informações são registradas e formam uma rede em nós sem centralização. A segurança, mesmo sem intermediários, é garantida pois cada parte da rede guarda em si toda a informação e, caso seja modificada em algum lugar, através da comparação os dados adulterados podem ser identificados.

Blockchain: é um tipo específico de DLT, que combina o uso de hashes em blocos, em que um bloco novo adicionado à sequência torna o anterior imutável.

As moedas virtuais e digitais dependem de algumas tecnologias para se sustentarem, como a Criptografia, a Distributed Ledger Technology e o Blockchain. A capacidade da criptografia de garantir confidencialidade, identidade e integridade dos dados envolvidos na transação; e o uso de redes descentralizadas, sejam blockchains ou outros tipos de DLTs, para armazenar e validar informações e transações sem um intermediário.

Contudo, há diferenças entre ambas. A moeda digital lida com o comércio tradicional trabalhando com redes gigantescas, com responsáveis legais como os bancos internacionais, governo de países, já que pode estar vinculada e ser emitida por instituições financeiras e Bancos Centrais, ou serem versões digitalizadas da moeda corrente no país, mas circulando digitalmente. Já a moeda virtual, um tipo específico de moeda digital, inova sobre esse quesito; não necessitando de alguma rede central para fazer negócios, realiza transações em comunidades pequenas ou grandes na internet que dentre elas seguem suas próprias jurisdições de leis, trabalhando apenas com a autoridade de sua comunidade. 

Há inúmeros benefícios de utilizar essas moedas como facilitadores das transações comerciais no dia a dia, como praticidade, acesso e autonomia. Há um debate entre os usos: por um lado, os problemas das moedas virtuais poderiam ser resolvidos com a adoção de novas políticas de consumo, como a regulamentação e criação de métodos de segurança, na adoção de criptomoedas. Por outro, o ponto central da utilização de criptos e sua (des)regulamentação própria e descentralização.

Desde o aparecimento dessa novidade, o setor financeiro não foi mais o mesmo. O que será que o futuro promete? 

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Money Flower – Uma taxonomia da moeda

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As moedas assumiram diversos esquemas ao longo do tempo e, até mesmo hoje, se apresentam em uma variedade gigantesca. Em diferentes espaços de circulação, diferentes propostas são conjugadas a fim de fazerem sentido para um propósito específico – por exemplo, moedas digitais para meios online e moedas físicas para trocas em locais que não acessam a internet.  A ilustração gráfica auxilia a compreender os diferentes tipos de moeda a partir de 4 propriedades e suas intersecções. 

# Acessibilidade: a moeda pode ser amplamente acessível – disponível facilmente para o uso da população em geral, ou restrita, circulando apenas em um ambiente específico. 

# Forma: a moeda pode ser gerada em meios puramente digitais ou estar representada em forma física. Um exemplo, para além do dinheiro, de moeda em forma física foram os metais preciosos usados no passado.

# Tecnologia: pode ser baseada em tecnologia peer-to-peer para sua produção ou ser gerada de outras formas. 

# Emissor: se é emitida por instituição estatal como os Bancos Centrais, garante  seu valor por força da lei, ou se participa de outras formas de emissão, sejam elas centralizadas ou descentralizadas.

Alguns exemplos de moeda, como o Yuan Digital conjuga as propriedades de ser baseada em token, digital, emitida pelo Banco Central e amplamente acessível. Já o dinheiro físico, é emitido pelo Banco Central e é amplamente acessível. Em contrapartida, o PokeCoin, moeda do jogo Pokémon, é apenas digital. 

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O conceito de moeda

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Com a ampliação das transações econômicas, a moeda surge como resposta para a necessidade de trocar em um curto espaço de tempo. Assim, através dela, diferentes mercadorias se equivalem em valor, independente do seu valor de uso – a utilidade objetiva que cada produto carrega em si. No desenvolvimento das nações e nosso sistema produtivo atual, elas representam a quantidade de valor produzido pelo trabalho, garantindo possibilidade de investimento em trabalho futuro, com o crédito. 

Sem moeda, era necessário escambo e essa troca depende de interesses muito específicos, alguém que produz casacos e quer comprar queijo, precisa encontrar alguém que produz queijo e precisa de casacos. Em ordem para acelerar esse processo, a moeda assume três aspectos básicos: meio de troca, unidade de conta e reserva de valor. 

Meio de Troca: permitir a comercialização e transações de diferentes mercadorias através de apenas sua mediação. Quem produz casacos pode vender por moeda e, com a moeda em mãos, pode comprar queijo – sem que o produtor de queijo se interesse por casacos. Ou seja, ela elimina o escambo.

Unidade de Conta: a representação precisa ser em algo valorável, contável, em que os diversos agentes econômicos possam precificar e determinar todos os bens da economia a partir dessa mesma unidade, que com ampla aceitabilidade, se torna a moeda corrente de um determinado espaço.

Reserva de Valor: a moeda precisa guardar em si seu valor para pagamentos futuros. Reter poder de compra e de investimentos pode-se perder em períodos hiperinflacionários, mas precisa ser uma exceção e não a regra.

E há também uma função implícita, a “no questions asked”, em que todos os envolvidos na transação compreendem automaticamente que o valor corresponde exatamente a si mesmo – R$50,00 vale R$50,00. 

Como as moedas digitais como o BitCoin se encaixam nesses conceitos e definições?

De maneira crítica, podemos observar alguns desafios, principalmente para as criptomoedas. 

Para o BitCoin, a instabilidade criada por sua demanda volátil mina seu potencial como dinheiro. Além disso, o Bitcoin dificilmente cumpre as funções desejadas do dinheiro: 1. O armazenamento estável de valor,  pois sua taxa de câmbio em relação a outras grandes moedas é extremamente volátil e sujeita a massivas apreciações e depreciações; 2. Meio de troca eficiente, sua blockchain descentralizada pode processar apenas 7 transações por segundo em média. 3. amplamente aceitos para liquidar transações, pois poucos lugares aceitam pagamento em Bitcoin ou em qualquer outra criptomoeda. 

Além disso, a rede Bitcoin também consome uma enorme quantidade de eletricidade por ano, comparável ao consumo total de energia de um país inteiro como a Irlanda. Sendo considerado ineficiente em termos de energia e tem uma enorme pegada de carbono. E por causa de sua tecnologia blockchain, que carece de regulação e é descentralizada, o Bitcoin se tornou um importante instrumento para lavagem de dinheiro, proteção de riqueza, financiamento de atividades ilegais e meio de pagamento de ransomware. 

Sendo assim, a comunidade BitCoin tem respondido de maneira a estabelecer suas minerações com energia renovável, ampliar sua capacidade de processamento e estabelecer divulgações e campanhas para o uso dessa criptomoeda – além de alguns interessados proporem regulamentações para dificultar seu uso em atividades ilícitas. Contudo, outras moedas digitais têm tido mais sucesso para lidarem melhor com a especulação financeira, como as StableCoins e as CBDCs – ainda que enfrentam problemas, principalmente na ampla aceitação e forma de produção através de blockchains. 

O caminho e potência do BitCoin para se estabelecer enquanto uma moeda foi dificultado pelo seu uso enquanto ativo digital, que se estabelece a partir das riquezas e capital produzidos em outros setores. Contudo, as moedas digitais, conforme todo o processo de transformação digital e tecnológico avançam, ainda têm um longo caminho de desenvolvimento. 

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